
Em audiência na CDC-Aleam, nova reunião foi marcada entre secretarias e Direcional para solucionar descumprimento de contrato
Uma reunião técnica entre as secretarias municipais de Educação e de Saúde (Semed e Semsa), a construtora Direcional Engenharia e a Associação dos Amigos do Bem Viver Total Ville foi marcada para a próxima semana, durante audiência pública, realizada na manhã de hoje, na Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (CDC-Aleam), presidida pelo deputado Abdala Fraxe (PTN).
Na ocasião, as duas secretarias deverão entregar os projetos de uma escola e uma unidade de saúde, para serem analisados e construídos pela Direcional, em cumprimento ao contrato firmado com os moradores da Associação e que até hoje não foi honrado, embora o condomínio tenha sido entregue em 2012.
O contrato entre os moradores do Total Ville e a Direcional previa a construção de áreas de benfeitorias no condomínio com estrutura de bairro planejado, como escola, unidade básica de saúde e área de lazer para serem administradas pela Prefeitura de Manaus.
A Direcional alegou, por meio dos seus advogados, que não construiu porque a prefeitura havia pedido o terreno de 79 mil metros quadrados para realizar a construção dos equipamentos comunitários. Em contrapartida, após diversas reuniões, propôs aos moradores um acordo para construção de outras obras no valor de R$ 2 milhões, o que não foi aceito pela associação.
“Nós decidimos que queremos o que está previsto no contrato assinado por nós e o que nos foi prometido, inclusive, com divulgação em folder, que era a construção de um bairro planejado”, disse a presidente da associação, Teresa Suzana Ribeiro.
Na audiência, também foi solicitada a cópia do processo que envolve esse impasse entre a construtora, a prefeitura e os moradores. O presidente da CDC-Aleam, deputado Abdala Fraxe, pediu agilidade à Direcional para garantir o quanto antes a resolução desse caso, uma vez que o não cumprimento por parte da construtora está prejudicando mais de 2 mil famílias.
O chefe de fiscalização do Programa de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-AM), Aldryn Hiran, informou que irá acompanhar o caso e encaminhá-lo ao setor jurídico do órgão, caso não haja acordo entre as partes. Ele lembrou que a construtora está sujeita a aplicação de multa por descumprimento do contrato e propaganda enganosa.