
Presidente da CDH-Aleam avalia pronunciamentos sobre o sistema carcerário do Amazonas
O deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), presidente da Comissão dos Direitos Humanos (CDH), da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), considerou como preocupante os pronunciamentos que tem sido feitos nos últimos dias, envolvendo o sistema penitenciário do Amazonas, e, principalmente, sobre possível negociação com presidiários.
De acordo com o deputado, em todos os pronunciamentos ou pelo menos em sua maioria, “tentam colocar a Polícia Militar ou a força da Segurança Pública do Estado numa situação vexatória em relação ao fato amplamente divulgado ocorrido no presídio”.
O deputado Abdala Fraxe afirma que as declarações que são colocadas à população são sempre carregadas como, “polícia não pode negociar com bandidos, dentre outras frases, que não se pode conceber, pois é atribuição, sim, de nossas autoridades dialogar antes de tomar uma decisão precipitada”.
Abdala Fraxe lembrou que o que está acontecendo remete a um passado não muito distante, num episódio ocorrido no Estado de São Paulo, no início da década de 90, no presídio do Carandiru. “Neste local, a polícia que não negociava ou conversava com ninguém, adentrou aquele lugar e cometeu uma das maiores atrocidades que se tem conhecimento na história que foi aquela chacina que vitimou 111 presos. Naquela época, o governo do Estado de São Paulo era do PMDB”, observou o deputado.
Abdala indagou aos demais parlamentares se é esta a atitude que se espera dos governantes, ou seja, “que a Polícia entre no presídio e passe bala em todo mundo e resolva o problema no tiro, na marra sem dar qualquer chance de se negociar para que um problema não ocorra”.
De acordo com o parlamentar, a conversa e o bom senso, salvo algum engano sempre foram o melhor meio para se chegar a uma solução para os problemas que ocorrem no dia a dia. “Por tanto, vir aqui dia após dia apregoar que polícia não pode dialogar com bandido, parece-me um argumento demasiadamente forte e sem necessidade para os tempos que vivemos hoje. Os tempos do Carandiru já passaram, a realidade hoje é outra, e aquele governador Luiz Antonio Fleury (PMDB) que tomou aquela decisão até hoje está pagando por isso”.
Texto: Comunicação Aleam