
Deputado Abdala Fraxe cobra do governo federal maior segurança para regiões de fronteiras
Em pronunciamento, na manhã de hoje, na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam ), o deputado estadual Abdala Fraxe (PTN) cobrou do governo federal maior segurança aos municípios amazonenses que fazem fronteira com outros países.
O deputado salientou que é obrigação da Polícia Federal, do governo federal e não dos municípios, cujos recursos não são suficientes, a criação de um policiamento de fronteira melhor e com um contingente maior, para desmontar o narcotráfico que entra pelo Amazonas e percorre o restante do país.
“É dever do governo da presidente Dilma Rousseff garantir uma polícia adequada, ao invés de direcionar policiais da Força Nacional, que passam 30 dias nessas regiões ganhando diárias altíssimas e que as prefeituras não têm condições de arcar. Essa é uma responsabilidade que cabe única e exclusivamente a Brasília, porque recursos existem e são grandiosos”, ressaltou.
Fraxe destacou os municípios do Alto Solimões, como Tabatinga, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá e Atalaia do Norte esquecidos pelo governo federal. “O problema é que esses municípios estão muito distantes de Brasília e os recursos por lá não chegam. E o povo é quem sai prejudicado, porque peregrina atrás desse trabalho de combate ao narcotráfico”, completou.
Prorrogação da ZFM
Outro ponto que vem sendo amplamente cobrado pelo deputado Abdala Fraxe é a prorrogação da Zona Franca de Manaus (ZFM), promessa feita pelo governo federal e que ainda aguarda a votação em segundo turno. “Essa prorrogação, a meu ver, é um assunto resolvido e não porque algum político foi a Brasília para conseguir, mas porque o nosso polo industrial conseguiu, nesses 46 anos de existência, criar capacidade de se auto-sustentar, ainda que enfrente as dificuldades logísticas, como qualquer empresa do nosso país”, acrescentou.
O parlamentar destacou, ainda, a necessidade de também criar condições de desenvolvimento para os municípios por meio de pequenas atitudes, fáceis de serem tomadas, que hoje são barradas pela burocracia estatal. “Coisas simples que poderiam resultar em benefícios para comunidades do Alto Solimões, por exemplo, infelizmente ficam atravancadas pela burocracia”, disse, ao citar a dificuldade na instalação de um laboratório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no porto de Tabatinga, que resultaria numa economia de cinco dias no processo de liberação de cargas vindas do Peru. Hoje esse processo é feito em Belém, gerando tempo, gastos e dificuldade para que a população tenha acesso aos produtos de forma mais rápida.