Ação da Comissão de Direitos Humanos da Aleam resgata amazonense mantida em condições de cárcere na República Dominicana

Ação da Comissão de Direitos Humanos da Aleam resgata amazonense mantida em condições de cárcere na República Dominicana

22 de maio de 2013 0 Por Renata Fonseca

Após um trabalho em conjunto com o Consulado da República Dominicana em Manaus, Ministério das Relações Exteriores e Embaixada do Brasil na República Dominicana, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), presidida pelo deputado Abdala Fraxe (PTN), conseguiu trazer de volta a Manaus uma amazonense e o filho de 12 anos que eram mantidos em condições de cárcere privado, pelo companheiro, naquele país.

De acordo com o deputado, os pais da vendedora, Nádia da Silva, 31, procuraram a comissão e relataram toda a situação vivenciada pela filha e pelo neto na República Dominicana. Ao tomar conhecimento, o presidente da comissão acionou a sua assessoria jurídica e o Consulado daquele país em Manaus que intermediaram as conversas com a Embaixada do Brasil. “O envolvimento de todos foi imprescindível para a solução desse caso”, destacou o deputado.

Ao ser procurado pela assessoria jurídica da comissão, o cônsul honorário da República Dominicana em Manaus, Celso dos Santos, fez contato com a ministra das Relações Exteriores do país, Maria Cristina Pereira, e com a Embaixada do Brasil, que, após uma série de mobilizações e investigações, conseguiram resgatar Nádia e o filho e custear o retorno deles à capital amazonense.

Hoje, em visita ao gabinete do deputado Abdala Fraxe, a amazonense lembrou os momentos que passou naquele país com o companheiro e a família dele. “Ele (companheiro) não permitia que eu trabalhasse, nem saísse da casa da família dele e os meus documentos pessoais, como o passaporte, ficavam retidos com ele. Foram quase dois anos vivendo dessa maneira. Eu pedia ajuda dos meus pais, mas como nós não tínhamos condições de custear o meu retorno, eu pensei que demoraria mais tempo para voltar. Hoje, a sensação de alívio é imensa. O que mais quero é recomeçar a vida aqui”, revelou.

Os pais de Nádia, Onésimo Rodrigues, 60, e Lindalva da Silva, 51, que, por conta da situação da filha adquiriram sequelas emocionais, hoje comemoram o retorno dela. “Eu fui várias vezes para o pronto-socorro com crises de hipertensão, passando mal, quando lembrava o que a minha filha estava passando e eu não podia fazer nada, a não ser pedir ajuda. Agora ela está aqui e nós vamos superar esse trauma juntos”, disse a mãe da amazonense.

Atendimento psicológico            

A advogada da comissão, Adriana Lima, responsável pelo caso, informou que a amazonense e o filho receberão atendimento psicológico para ajudar a superar o trauma vivido na República Dominicana.