
Abdala Fraxe propõe projeto para combater a automedicação

Segundo o deputado, a automedicação é a terceira causa de internação por alergia ou intoxicação aos medicamentos
Tramita na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) projeto de autoria do deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), que institui a Campanha Estadual de Conscientização e Combate à Automedicação. Se aprovado, em todas as primeiras semanas do mês de abril serão realizadas a “Semana de Conscientização e Combate à Automedicação”.
No período, ocorrerão palestras de esclarecimentos junto à população, propaganda em rádio e televisão, distribuição de folhetos informativos e explicativos por meio do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), rede pública de ensino e de saúde.
O deputado Abdala explicou que os eventos não ficarão limitados à semana e podem ser realizados a qualquer período do ano. Fica estabelecido pela lei, segundo o parlamentar, que para a sua execução, o poder público poderá firmar convênios e parcerias com entidades afins. A lei, se aprovada, deverá entrar em vigor no prazo de 90 dias a contar da data de sua publicação.
No projeto, o deputado destacou que a automedicação (administração de medicamentos sem orientação ou prescrição médica), é cultural no Brasil. E, que não é raro encontrar alguém utilizando o mesmo remédio que o irmão ou vizinho tomou em casos, por exemplo, de gastrite, hipertensão, tratamento da obesidade, entre outros.
O caso é tão grave, que a prática já é a terceira causa de internação por alergia ou intoxicação aos medicamentos, segundo ele. Os principais vilões são os antiinflamatórios, analgésicos e antibióticos, alguns vendidos livremente sem receita médica.
Causas
Dados do estudo “Configuração do Complexo Econômico da Saúde”, realizado pela Unicamp (Universidade estadual de Campinas) a pedido do Ministério da Saúde, concluiu que, pelo menos 50% das vendas dos medicamentos tradicionais do mercado brasileiro, correspondem à automedicação. O estudo revelou que uma das principais explicações para a causa da prática é a economia na consulta médica e no exame diagnóstico.
A proposta, portanto, institui a campanha, no sentido de fortalecer o processo educativo com informações importantes para os cuidados com a saúde e os riscos da automedicação. “Somente o processo educativo pode quebrar o ciclo da automedicação e confiar os cuidados à saúde aos profissionais específicos”, argumentou o parlamentar.